Obra: Mulher ao espelho(Pablo Picasso)


O espelho e a vida

Em quantos momentos nos deparamos com cenas irreais e bizarras?

Uma cena já vivida que parece se repetir, um encontro mal sucedido, uma briga por nada, um desacerto com a família, e depois ficamos perguntando a nós mesmos... O que é que eu fiz de errado? Onde foi que eu errei? É então, que você dá uma olhadinha na poeira do passado e descobre que em determinado momento você já havia cometido o mesmo erro, a mesma “pegadinha”, essa é a lei natural da vida do ser humano, viver, aprender e reacender a chama, jogar as coisas ruins dentro de um saco de lixo bem grande e olhar para frente, com olhar de águia, mas com a simplicidade de uma borboleta, que novamente volta a sair do casulo em busca de asas.

E onde entra o espelho?

O espelho é o reflexo dos teus atos irrefletidos, é a reação da tua ação...Basta olhar-se no espelho que você encontrará as respostas que você quer descobrir, o difícil é se aceitar tal como a vida é...E é por isso, que muitas vezes nos olhamos na perspectiva de obtermos dele uma resposta feliz, como a do espelho da madrasta da Branca de Neve ... “Não existe ninguém no mundo mais linda do que eu?”...E a resposta vem a contra gosto..."Existe sim...Outra mais linda, mais inteligente, mais humana, mais dócil."

E esse é o momento de repensar que não somos sozinhos e únicos nesse mundo de “Meu Deus”, e que precisamos nos espelhar, a todo momento , para não voltarmos a errar novamente ou ao menos tentar amenizar um pouco “o corte mal feito”, “ a roupa velha”, e assim irmos abotoando a camisa do tempo, para que ela não se abra com tanta facilidade...

2004, ainda assinava como a FADA AZUL

Pra você guardei o amor

Composição: Nando Reis

Pra você guardei o amor

Que nunca soube dar

O amor que tive e vi sem me deixar

Sentir sem conseguir provar

Sem entregar

E repartir

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor
Que aprendi vem dos meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que o arco-íris
Risca ao levitar
Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Entre o gato e o rato...

E estava eu pensando como é que o rato rouba o queijo do gato...Mas gente...Gato não gosta de queijo...gato gosta de rato...Mas essa não é uma história comum...Quem é que nunca viu ou assistiu a Tom e Jerry? E por que é que sempre o mais frágil no final acaba ganhando do mais forte?...Continuo pensando...e imagino que assim é a educação nas mãos de um gestor despreparado...O queijo sempre sobra para o rato...ainda que seja ele o mais frágil ...Coitado do gato!!! Pensou que era mais forte e preparado...e que por assim dizer estava em uma posição estratégica...quase divina...Ledo engano...

"Bruna Surfistinha, o doce veneno do escorpião", o filme.

Consegui assistir a um dos filmes mais esperados do ano: "Bruna Surfistinha", que relata a autobiografia de Raquel Pacheco, uma "patricete" de classe média, antiga moradora do Guarujá- SP, que decide aos 17 anos, fugir de casa e virar garota de programa devido a desentendimentos familiares  e encara a profissão de prostituta em prostíbulos de luxo e privês, como uma tarefa para "vencer na vida". Concomitantemente, acaba conhecendo bem de perto as drogas e fazendo uso de substâncias entorpecentes. O destaque vai para o blog oficial da autora que consegue alcançar altos índices de audiência (chegando a 10 mil visitas mensais) , depois de relatar as experiências sexuais de seus clientes na cama e atribuir notas para o desempenho de cada um. O blog consegue atingir tamanha repercussão, inclusive internacional, e a personagem Bruna Surfistinha fama e sucesso através dos seus relatos de histórias picantes com homens, mulheres, casais e até grupos de rapazes. Não é um filme que após o telespectador assistir, ele vá dizer que tirou algo de prático para a sua vida diária, mas  a explicação para tamanho sucesso da garota de classe média que decidiu se prostituir, creio que seja a brilhante capacidade de linguagem  que Raquel Pacheco utiliza para escrever e a temática "sexualidade" que sempre desperta muita curiosidade.É um filme que foge dos padrões dos atuais filmes brasileiros, pois não envolve a discussão de temas sociais como a miséria e a favela e que descortina a nudez de Débora Secco com um certo ar de glamour explícito. A beleza da atriz revela-se através de cenas de sexo, o que era de se esperar diante do tema escolhido e o que confirma o título da atriz  como"sex simbol" do Brasil.Um filme razoável , com uma temática bem parecida com o  livro "Christiane F. 13 anos, drogada e prostituída", lançado na década de 80 e com repercussão mundial.